Bem-Estar Corporativo

Tudo sobre equidade salarial

23 de nov. de 2023
Última alteração 23 de nov. de 2023

Empresas são feitas por pessoas. São elas que, diariamente, realizam suas tarefas, se dedicam a ajudar o negócio a crescer e oferecem seu tempo e suas habilidades para colaborar com o restante da equipe. Em troca, recebem um salário alinhado a todo esse empenho demonstrado em suas atividades.

Portanto, se duas ou mais pessoas trabalham na mesma empresa, ocupam o mesmo cargo, lidam com o mesmo nível de responsabilidade e se dedicam com a mesma intensidade ao que fazem, deveriam receber salários iguais, não?

Isso se chama equidade salarial e, por mais óbvio que esse conceito pareça, na prática, ele nem sempre acontece.

Na verdade, o mundo do trabalho está repleto de casos de desigualdade salarial. São situações em que a remuneração dos colaboradores não é definida com base em critérios transparentes, mas em questões subjetivas como idade, etnia, origem e, principalmente, gênero.

E isso, claro, não é legal. Mas a boa notícia é que, como gestor de pessoas ou responsável pela área de RH da sua empresa, você tem a oportunidade de transformar esse cenário.

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O que é equidade salarial

De forma resumida, equidade salarial é um conceito que prevê que pessoas trabalhando em uma mesma organização e desempenhando a mesma função devem receber a mesma remuneração, sem considerar os fatores individuais de cada colaborador, como sua idade, nacionalidade, etnia ou gênero. Ou seja, o que conta são os critérios profissionais de cada um, e não critérios pessoais.

A ideia de equidade salarial está ligada, de uma forma ou de outra, a um princípio central de igualdade entre salários e justiça na definição das remunerações.

Mas por que a equidade salarial é importante?

O tema da equidade salarial vem ganhando cada vez mais destaque e relevância justamente porque ainda existe muita desigualdade e injustiça salariais no universo corporativo. Pessoas competentes podem receber um salário menor que colegas com o mesmo cargo só porque apresentam alguma diferença de cor ou de gênero, por exemplo.

Essa, aliás, é uma das principais diferenças salariais que existem hoje em dia: o abismo entre os salários de homens e mulheres. Segundo um levantamento do IBGE, no Brasil uma mulher tende a receber, em média, um pagamento 22% menor que o de um homem exercendo exatamente a mesma função, sem justificativa aparente para isso.

Por essa razão, a equidade salarial entre gêneros é uma das principais lutas na busca por mais justiça no ambiente de trabalho. E, recentemente, esse assunto virou até lei.

Lei da equidade salarial: o que ela diz?

Em tese, a equidade salarial no trabalho já está prevista há muitos anos na legislação brasileira. A CLT, de 1943, já trata desse tema e afirma claramente que "sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade".

O problema é que esse e outros textos de leis que proíbem claramente a discriminação salarial nem sempre foram levados muito a sério e, principalmente, nunca houve uma fiscalização mais incisiva para punir irregularidades.

Por isso, em agosto de 2023, foi aprovada uma nova lei da equidade salarial entre gêneros. Ela não altera muito o que as regras anteriores já diziam, mas foca em métodos de fiscalização mais efetivos e, sobretudo, em multas mais pesadas para empresas que descumprirem a legislação.

Equidade salarial entre gêneros não é apenas um ideal, um conceito teórico ou uma recomendação de boas práticas. É lei, e não só no Brasil, mas também em outros 97 países.

Benefícios da equidade salarial nas empresas

A equidade salarial não deve ser praticada só porque a lei determina. Para fazer sentido e ter propósito verdadeiro, ela precisa fazer parte da cultura corporativa da empresa e ser vivenciada na prática. Fazer isso traz vários benefícios e vantagens não apenas para os colaboradores, mas também para o próprio negócio. Alguns deles são:

  • Melhor desempenho: Existem diversos estudos indicando que as empresas que valorizam as mulheres e têm uma maior representatividade feminina em seu alto escalão se saem melhor no mercado que as demais. Isso passa por uma maior interação entre visões estratégicas diferentes, fornecida por colegas de gêneros distintos, criando um ambiente de maior diversidade e inclusão que se transforma em um terreno fértil para o surgimento de novas ideias.
  • Marca empregadora: Promover a equidade salarial entre gêneros também é muito positivo para o seu employer branding. Consolidar um propósito e imagem ligados à justiça no tratamento das remunerações das pessoas é visto com bons olhos. Com o tempo, sua marca empregadora pode se tornar referência e passar a atrair os melhores talentos, de todos os gêneros, para integrar sua força de trabalho. Você pode até mesmo buscar a valorizada Certificação Equal-Salary, um selo global que identifica empresas com práticas igualitárias de remuneração.
  • Retenção de talentos: Contar com grandes profissionais na sua força de trabalho é ótimo, mas reter essas pessoas em sua empresa é melhor ainda. Praticar a equidade salarial em sua organização garante que ninguém vai deixar o time por sentir algum tipo de injustiça ou discriminação quando o assunto é remuneração. Isso ajuda você a diminuir o turnover na empresa, possivelmente economizando com processos seletivos ou integração de novos colaboradores.
  • Mais engajamento: A equidade salarial entre gêneros também leva a um envolvimento maior das pessoas com o trabalho. Saber que a empresa respeita e valoriza a dedicação de todos, sem se importar com seu gênero, dá mais sentido à rotina de atividades e faz com que cada membro da equipe se empenhe pelo sucesso de um negócio que é justo, transparente e igualitário. Essa pode ser uma ótima forma de motivar funcionários e manter o nível de engajamento sempre elevado.
  • Bem-estar financeiro: Ganhar menos que colegas do sexo masculino pode levar os demais colaboradores a situações de estresse em suas finanças pessoais, uma vez que terão menos recursos mensais para cumprir com seus compromissos rotineiros. Por isso, membros da equipe que não se identificam com o gênero masculino também podem experimentar um maior bem-estar financeiro em suas vidas profissionais quando a empresa acredita e pratica a equidade salarial.

Salário justo e bem-estar: fundamentais para sua equipe

A essa altura, já deu para perceber como o salário pode ser um fator crucial para o desempenho dos integrantes da empresa. Problemas ligados à remuneração e injustiças salariais tendem a reduzir a performance dos colaboradores e levar profissionais de alto nível a deixar a organização em busca de condições mais igualitárias.

Mas não é apenas a remuneração que influencia a satisfação no trabalho. Hoje em dia, cada vez mais profissionais também levam em consideração outros fatores quando avaliam a empresa em que estão, ou até mesmo uma oferta de emprego. Para 93% dos colaboradores, seu bem-estar e sua saúde já são tão importantes quanto o salário que recebem.

Além de garantir um ambiente de equidade salarial em seu negócio, você também precisa se atentar ao bem-estar integral da equipe. Isso fará com que seu time sinta-se saudável de forma holística e esteja sempre engajado com seu sucesso pessoal e da empresa.

Oferecer um bom pacote de benefícios flexíveis, de forma justa e igualitária, é uma forma de fazer isso. Com tais recursos, sua força de trabalho pode investir no desenvolvimento pessoal e cuidar da saúde conforme preferir. E o Wellhub pode te ajudar a alcançar esse objetivo. Fale com um de nossos especialistas em bem-estar hoje mesmo.

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Wellhub Editorial Team

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